sexta-feira, 20 de julho de 2007

Meus bons amigos, onde estão?

Escrevi este texto em homenágem a meus amigos no dia 18/05/2006 ... Hoje, 20/07, é um bom dia para republicá-lo. Espero que gostem ...


Ontem fui visitar a casa nova de uma velha amiga. Conversamos, bebemos, comemos, rimos e, durante horas, um milhão de assuntos povoou nosso jogral. Entre eles, a AMIZADE.

Gosto de pensar que sou um privilegiado em relação a amigos. Todos dizem que colegas, temos aos montes, mas amigos de verdade, não enchem nem uma mão. Bom, não sei como é a mão desta pessoa, quantos dedos ele tem ou como é sua relação com seus amigos. Sei que e tenho amigos, bons amigos, suficientes pra encher as duas mãos e acho que um pezinho também.

Acredito muito nos amigos. Sempre fui um cara que gosta de cultivá-los. De conhecer novas pessoas, entrar em novas turmas e fazer novos “velhos amigos”. Isso preenche minha vida. Me dá a certeza de que sempre vou ter alguém de confiança pra poder conversar. Pra desabafar. Pra reclamar e pra falar mal. Sim, por que, amigo que é amigo fala mal. E como!

Tenho hoje diversos núcleos de amizade. Faculdade, Colégio, Mountain Bike, Amigos de Infância, Amigos de Trabalho e outros tantos. Cada um com seus respectivos membros e ente eles os meus eleitos, ou eleitas. Pessoas que se transformaram em meus grandes amigos.

Ontem, fui visitar amigos do primeiro destes núcleos. Meus amigos de colégio. Pessoas que conheço a mais de 15 anos. Pessoas que vi se desenvolverem. Com quem compartilhei minha evolução. Pessoas que me conhecem a fundo. Sabem de minhas aflições, de meus egoísmos e também da parte boa. - Desta parte, eles nunca falam pois, como disse, amigo que é amigo só se encontra pra falar mal de alguém, ou dele mesmo.

Voltando a noite de ontem, conversávamos sobre um bom amigo nosso destas épocas que, a cerca de cinco anos mudou-se para o Chile. Minha amiga, Marcela, contava-nos que estivera no Chile e, em visita a este nosso velho amigo, impressionou-se com sua vontade imensa de voltar ao Brasil. Com a falta que ele sente dos amigos, da turma, das risadas. Porém Marcela disse a ele, e contou-nos pois, uma coisa com a qual eu mesmo nunca tinha pensado. Quando você é adolescente, estudante e não trabalha, seu dia se resume a freqüentar a escola durante meio horário e preencher a outra metade com o que quer que seja. No nosso caso, com cervejas e conversas de buteco. – aqui, faço um aparte para uma explicação: Todas as minhas turmas têm uma coisa em comum. O buteco. Isso é condicional para que eu me insira numa turma. O pessoal tem que gostar de um papo de bar. É disso que gosto e é disso que meus amigos gostam.

Mas, como ia dizendo, nosso querido Chileno escutou esta explanação de Marcela e percebeu que realmente ele queria voltar pra uma turma que havia mudado. Hoje em dia, nenhum de nós passa mais o dia inteiro numa mesa de bar, jogando conversa fora, bebendo cerveja e falando mal dos outros. Passamos, quando muito, a noite intera! Porque de dia, temos que nos capitalizar.

Não sei ao certo por que contei este caso, nem qual sua relevância no contexto geral deste texto. Sei que adoro meus amigos. Adoro tê-los por perto e adoro saber que eles são muito mais que uma mão. Ele são uma pessoa. A minha pessoa.

E é bom saber-se aberto a estas amizades. Acho que, quem acredita no fato de bons amigos serem poucos, sempre vai estar restringindo o ingresso de novos bons amigos à sua vida. Meio que dizendo:

- Meus espaços para bons amigos já se esgotaram. Você entra quando um morrer.

Como se seu coração fosse igual à Academia Brasileira de Letras. Só entra um quando uma cadeira vagar.

Não ajo assim em relação a amizades. Busco cultiva-las ao Maximo. Busco fortalece-las. Claro que na saio por ai conhecendo pessoas e as elegendo melhores amigos da noite para o dia. Mas também não coloco empecilhos para que eles subam na carreira.

Assim sendo, se quiser ser meu amigo, fique a vontade. Quem sabe não nos tornamos velhos camaradas.

Um comentário:

Juliana Ferreira disse...

Na vida é tão bom tem amigo... A gente precisa de amigos do peito, amigos de fé, amigos-irmãos...