quarta-feira, 4 de julho de 2007

EU

Poema auto-descritivo de 03/05/2006

Gente efervescentemente latente.
Embriagando a todos em minha insanidade adolescente.
Cara carente, embrulhado pra presente
em momentos de sobriedade, um pouco absorvente.

Rotulado, embaralhado, atrapalhado e,
de caso pensado, sou pé descalço no chão molhado.
Presa fácil, desprezo o táctil
envergando o uso do laço pra depois desfazer o que foi fácil.

Parecido mas não igual.
Iludido pelo todo, mas nunca pelo total.
Lascivo, mas pouco intuitivo.
Ardente, que chega a ser doente esse desejo latente de consumir tudo de forma veemente!

Voz rouca, beiço e boca.
Olho roxo, cabelo tronxo e cabeça louca.
Casa de roça, pequena palhoça,
no alto, uma fossa, ao canto a carroça.

Mineiro, brasileiro, metaleiro, petequeiro,
macumbeiro de terreiro alvinegreiro!
Reduzido pela luz e alargado pelo lado,
Não sou de todo redondo, mas nunca todo quadrado.

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