terça-feira, 31 de julho de 2007

Atleta perde ouro na última prova do Sextátlon Modeno

Depois de terminar em primeiro as disputas de Esgrima, Tiro, Natação, Hipismo e Corrida, o atleta Pão Americcano, Josias da Silva das Couves Arruda, perdeu a medalha de ouro para o Cubano Fidel ao Charuto Gonzales na prova de Arremesso de Cartas de Baralho no Chapeu Panamá.

Desconsolado, nosso atleta acusou o comitê Pão Americano Brasileiro de não disponibilizar chapeis Panamá suficientes para a equipe de Sextátlon Moderno poder treinar. Disse ainda que as cartas de Baralho eram de um baralho de Truco, e não do tradicional baralho de Caixeta, usado na prova oficial. Isso, segundo ele, fez a diferença para o lado Cubano na hora da final.

Valeu Josias, a prata tem que ser muito comemorada. E que venham as olimpíadas de Pequininim.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Pensamentos de um frio domingo

Ontem, quando me preparava para tomar meu último banho do dia - costumo tomar 2 a 3 banhos por dia, hábito que tenho desde criança - pensei na seguinte frase:

- A PROFUNDIDADE DA VIDA COM CERTEZA VAI COBRIR SUA CABEÇA. CABE A VOCÊ APRENDER A NADAR ATÉ ONDE DÊ PÉ.

Bom, acabo de perceber, ao escrevê-la, que na verdade ela não é uma frase, são duas! Mas deixando as definições de lado, o que me interessa é como este pensamento me levou a infinitos outros. Com ele consegui vislumbrar várias coisas que vem acontecendo na minha vida e das quais eu, constantemente, estou tendo que NADAR ATÉ ONDE DÁ PÉ. Porque, de início, eles sempre aparentam ser bem mais profundos do que podemos agüentar.

Espero que melhore cada vez mais minhas braçadas. Espero não morrer afogado na imensidão oceânica da vida.

Nota pessoal: O Inverno ta querendo chegar. Ontem fez um frio danado e, FRIO, DOMINGO E SOLIDÃO só podem mesmo acabar em devaneios como este!

Bom início de semana a todos

quarta-feira, 25 de julho de 2007

JOSÉ

Sou simplesmente alucinado por este poema de Drummond ...

José


E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, proptesta?
e agora, José?


Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?


E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?


Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?


Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você consasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!


Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Meus bons amigos, onde estão?

Escrevi este texto em homenágem a meus amigos no dia 18/05/2006 ... Hoje, 20/07, é um bom dia para republicá-lo. Espero que gostem ...


Ontem fui visitar a casa nova de uma velha amiga. Conversamos, bebemos, comemos, rimos e, durante horas, um milhão de assuntos povoou nosso jogral. Entre eles, a AMIZADE.

Gosto de pensar que sou um privilegiado em relação a amigos. Todos dizem que colegas, temos aos montes, mas amigos de verdade, não enchem nem uma mão. Bom, não sei como é a mão desta pessoa, quantos dedos ele tem ou como é sua relação com seus amigos. Sei que e tenho amigos, bons amigos, suficientes pra encher as duas mãos e acho que um pezinho também.

Acredito muito nos amigos. Sempre fui um cara que gosta de cultivá-los. De conhecer novas pessoas, entrar em novas turmas e fazer novos “velhos amigos”. Isso preenche minha vida. Me dá a certeza de que sempre vou ter alguém de confiança pra poder conversar. Pra desabafar. Pra reclamar e pra falar mal. Sim, por que, amigo que é amigo fala mal. E como!

Tenho hoje diversos núcleos de amizade. Faculdade, Colégio, Mountain Bike, Amigos de Infância, Amigos de Trabalho e outros tantos. Cada um com seus respectivos membros e ente eles os meus eleitos, ou eleitas. Pessoas que se transformaram em meus grandes amigos.

Ontem, fui visitar amigos do primeiro destes núcleos. Meus amigos de colégio. Pessoas que conheço a mais de 15 anos. Pessoas que vi se desenvolverem. Com quem compartilhei minha evolução. Pessoas que me conhecem a fundo. Sabem de minhas aflições, de meus egoísmos e também da parte boa. - Desta parte, eles nunca falam pois, como disse, amigo que é amigo só se encontra pra falar mal de alguém, ou dele mesmo.

Voltando a noite de ontem, conversávamos sobre um bom amigo nosso destas épocas que, a cerca de cinco anos mudou-se para o Chile. Minha amiga, Marcela, contava-nos que estivera no Chile e, em visita a este nosso velho amigo, impressionou-se com sua vontade imensa de voltar ao Brasil. Com a falta que ele sente dos amigos, da turma, das risadas. Porém Marcela disse a ele, e contou-nos pois, uma coisa com a qual eu mesmo nunca tinha pensado. Quando você é adolescente, estudante e não trabalha, seu dia se resume a freqüentar a escola durante meio horário e preencher a outra metade com o que quer que seja. No nosso caso, com cervejas e conversas de buteco. – aqui, faço um aparte para uma explicação: Todas as minhas turmas têm uma coisa em comum. O buteco. Isso é condicional para que eu me insira numa turma. O pessoal tem que gostar de um papo de bar. É disso que gosto e é disso que meus amigos gostam.

Mas, como ia dizendo, nosso querido Chileno escutou esta explanação de Marcela e percebeu que realmente ele queria voltar pra uma turma que havia mudado. Hoje em dia, nenhum de nós passa mais o dia inteiro numa mesa de bar, jogando conversa fora, bebendo cerveja e falando mal dos outros. Passamos, quando muito, a noite intera! Porque de dia, temos que nos capitalizar.

Não sei ao certo por que contei este caso, nem qual sua relevância no contexto geral deste texto. Sei que adoro meus amigos. Adoro tê-los por perto e adoro saber que eles são muito mais que uma mão. Ele são uma pessoa. A minha pessoa.

E é bom saber-se aberto a estas amizades. Acho que, quem acredita no fato de bons amigos serem poucos, sempre vai estar restringindo o ingresso de novos bons amigos à sua vida. Meio que dizendo:

- Meus espaços para bons amigos já se esgotaram. Você entra quando um morrer.

Como se seu coração fosse igual à Academia Brasileira de Letras. Só entra um quando uma cadeira vagar.

Não ajo assim em relação a amizades. Busco cultiva-las ao Maximo. Busco fortalece-las. Claro que na saio por ai conhecendo pessoas e as elegendo melhores amigos da noite para o dia. Mas também não coloco empecilhos para que eles subam na carreira.

Assim sendo, se quiser ser meu amigo, fique a vontade. Quem sabe não nos tornamos velhos camaradas.

APÓS MATAR ROBERTO MARINHO, CRISTOPHER LAMBERT CONSEGUE FINALMENTE ASSUMIR OS PODERES DE ACM

Em mais uma sangrenta batalha entre o bem o mal, Cristopher Lamber, mais conhecido como HIGHLANDER consegue matar um de seus mais cruéis inimigos, o imortal ACM.

Cristopher atribuiu sua vitória a uma distração de seu rival que, durante a luta secular, olhou para o lado, para ver o jogo de vôlei entre Brasil e Cuba, ficando puto com a derrota brasileira.

Neste Momento, Cristopher desferiu seu golpe fatal contra o pescoço de ACM, arrancando-lhe a cabeça e assumindo assim seus poderes.

Agora Cristopher irá comemorar sua vitória em Cumuruxatiba enquanto planeja como arrancar a cabeça de seu último e pior inimigo, Roberto Carlos - O Rei

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Viva e deixe morrer

Este texto foi escrito em 16/05/2006 quando perdí minha última e querida avó. Hoje, posto ele aqui pra como uma forma de homenágem a todas as vidas que se foram na tragédia aérea de terça-feira última. Que todos vocês estejam ai, no céu, juntos a minha querida avó. E que todas as famílias encontrem luz suficiente para sair destas trevas que suas vidas se tornaram...



Viva e deixe morrer

QUANDO A MORTE TOCA A NOSSAS VIDAS E NOS LEMBRA QUE ELA NUNCA VAI NOS DEIXAR.

Hoje tive uma noticia desagradável que acabou com meu dia. Perdi minha última avó. Mãe do meu pai, minha avó sofria a mais de dois anos dos maus de Alzheimer e Parkinson e seu falecimento era apenas uma questão de tempo.

Mas por que, se já tínhamos como certa sua perda, ficamos tão tristes ao vê-la partir? Eu pessoalmente acredito que, ao nos depararmos com a morte, mesmo que uma morte anunciada, percebemos quão inevitável ela é. Percebemos que a vida é um momento e que, se não fizermos bom uso dela, poderemos ver este momento passar como quem perde um trem na estação.

Acho que minha avó teve uma boa vida. Foi casada com um homem visionário e enfrentou o mundo pra viver com ele. Meu avô a conheceu na cidade de Patrocínio, Minas Gerais, e, como era um homem sem posses, eles casaram fugidos das famílias. Imagino como deve ter sido, em plenos anos 40, um casamento escondido de um casal do interior de Minas. Com certeza uma batalha.

Mas meu avô era um cara de fibra, elegeu-se Deputado Federal, quase foi Governador do Estado, ajudou a escrever a atual legislação trabalhista, acumulou posses, perdidas depois por casualidades de seus sonhos, e formou uma grande e bela família.

E minha avó, como entra nessa? Entra sendo o pilar. Sendo o porto seguro. Outro dia ouvi uma releitura da velha frase: “Por traz de todo grande homem há sempre uma grande mulher” – que achei fantástica. Ela diz: “Ao lado de todo grande homem há sempre uma grande mulher”. E foi isso que minha avó foi para ele. Uma grande mulher que acreditou em um jeca maluco e que, com ele, construiu seus sonhos. Viveu intensamente, enterrou alguns de seus filhos, viu nascerem seus netos, depois seus bisnetos e, por muito pouco, não alcançou um tataraneto.

Voltando à morte, propriamente dita, fico pensando como ela nos maltrata. Todos sabemos que ela está sempre ao nosso lado. Todos sabemos como é fácil morrer e como é difícil viver. Todos sabemos que nossos entes queridos, familiares, amigos, amores, partirão um dia. Mas nunca estamos prontos pra isso.

Acho que nunca estamos prontos porque sempre achamos que vamos antes deles. Eu sei que meus pais irão morrer um dia. Sei que, pela lei das probabilidades, eles irão antes de mim. Mas, mesmo assim tenho certeza que nunca estarei pronto para este dia. Tenho certeza que, caso ele realmente chegue e eu realmente o veja, ele será um dos piores dias da minha vida. O dia em que a morte me lembrou que ela está sempre ao nosso lado. Como está sendo o dia de hoje.

Desejo que minha queria avó descanse em paz. Que leve com ela as boas lembranças de sua grande família e que nos espere para uma barulhenta reunião daqui a alguns anos. Dela, guardo boas recordações. De seu carinho, de sua braveza, de seu rosto rosado, de pele e cabelos brancos como neve. De seu gosto pela música e pela política e de sua casa de vó. Uma casa cheia de histórias de minha infância. Uma casa com cara de família. De brigas e reencontros

quarta-feira, 18 de julho de 2007

O esquecimento da Alma ...

Longe de qualquer caráter religioso ... escrevi este texto hoje pra falar um pouco da essência perdida ... aquele cheiro que é só seu e que, as vezes, a gente tenta mascarar com perfumes diversos ...

Perguntei onde ela estava. Não ouvia mais seus pensamentos. Não achava mais que estivesse comigo.

Céus – pensei - esqueci minha alma em algum lugar. Será que foi naquele bar? Será que foi no ponto de ônibus? Mas não ando de ônibus ...

Dei falta dela o dia todo. Sentia que algo estava vazio dentro de mim ... e não era fome. Lá pelas cinco, decidi procura-la. Mandei um e-mail sem resposta. Deixei um scrap no seu orkut e ... nada. Acho que ela se foi mesmo.

Estranho esta vida de viver sem alma. Parece que tudo está normal mas, sinto que falta algo. Bom, pensei, o que não tem remédio, remediado está.Fui pra casa, tomei meu banho, comi e fui deitar-me. Ligue a TV e, de repente, senti algo se remexer. Vermes? Diarréia? Fome? Ora, acabei de comer!

Não, era minha alma. Ela estava novamente mostrando que estava lá. Que nunca havia me deixado. Que apenas tinha saído, rapidamente, pra ver umas coisas, mas já estava e volta. Alegrei-me em revê-la. Alegrei-me em perceber que minha alma esteve o tempo todo comigo. Que eu é que tinha me perdido dela. Alegrei-me ao ver que não foi ela que me encontrou. Foi eu que a redescobrir.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Sonhos

Até que enfim um texto novo. Este foi escrito hoje, 16/07/2007 após um Final de Semana de sonhos tortuosos ...

Sonhos

Sonhos são como reflexos,
Turvos e distorcidos nas águas de nossas memórias.
Quando estamos sonhando em águas tranqüilas
Delicioso o sonho, a conduzir-nos por desejos secretos.
Mas quando navegamos em tormentas interiores
Mais que temíveis, os sonhos são cruéis
Nos prendem em seu universo de desespero e mágoa
Nos afogam em seu profundo rio de recordações
Não nos deixam acordar de nossa cólera guardada
E nos fazem pensar sobre feridas abertas
E não as deixa cicatrizarem
E não nos deixa esquecê-las
E não no deixa acordar
E não queremos mais dormir para nunca mais sonhar

Meu lugar especial.

Escreví este texto em homenágem ao Stadt Jever, um bar alemão aqui de BH que frequento sempre ... texto escrito em 21/07/2006

Vocês têm algum lugar especial? Um bar, um parque? Um lugar que você goste de ir e que vai sempre que dá? Pois eu tenho um. O Stadt Jever.

O Stadt Jever é um bar alemão, fundado por um cidadão de Jever – pequena cidade do norte da Alemanha. Fica em Belo Horizonte e já passa dos 13 anos de existência. E porque lá é tão especial assim pra mim? Aprendi a beber no Stadt Jever. Aprendi a namorar no Stadt Jever. Aprendi a passar mal no Stadt Jever. Aprendi a cheirar rapé no Stadt Jever. Aprendi a fumar charuto molhado no whisky no Stadt Jever. O Bar foi minha escola de vida.

Freqüento o Jever desde que tinha meus 15 anos. Na época, meio da década de 90, o bar era um dos muitos que não estavam nem aí se estavam vendendo bebida para um moleque de 12 anos para um senhor de 80. A lei e a fiscalização eram bem mais complacentes. Cenário perfeito para um jovem metaleiro exercer toda sua fúria. Na adolesc6encia queremos mais é nos consumir e consumir o mundo o mais rápido possível. E grande parte deste meu consumo foi no lá.

Pra quem não conhece, o Jever é um bar curioso. Fica instalado em uma grande avenida da cidade, abaixo de uma suntuosa casa onde mora seu proprietário. Suas lendas e coisas pitorescas são muitas. Chegando lá, você passa pelos portais de madeira e já começa a ser envolvido num ambiente barulhento e frenético. Mesas, mesas e mais mesas. Mesas gigantes para turmas gigantes, mesas minúsculas para casais. Mesas com sofás para folgados e tamboretes para os atrasados. O bar está sempre cheio. Do Seu lado esquerdo, duas mesas-balanço para os mais balançados. Em frente a mesa do Elvis. Fotos, bustos e um fonezinho de ouvido pra você se esbaldar com os principais hits do Rei do Rock. No fim da entrada a mesa dos pintos. Uma mesinha de 2 lugares com um vitral muito curioso. Estatuas de corpos hermafroditas com seios e pênis a mostra. Coisas do alemão! Mais pra dentro o enorme balcão com seus assentos, muitas garrafas de bebidas clássicas – inclusive a desejada cerveja artesanal de Jever. Todos que freqüentam ou freqüentaram o Jever alguma vez na vida quiseram beber desta cerveja. E assim o bar vai se estendendo em curvas e corredores com mesas, fotos da cidade de Jever, relógios que andam pra trás e homens correndo no teto. No alto do Balcão a saudação avisa: Proust Proust. ... saúde meu caro! E vamos ao chope.

O bar abre de segunda a sexta e sempre tem gente degustando o delicioso chope Brahma e seus típicos pratos alemães – sempre escritos em Português e Alemão - . Joelho, Salsichão com Curri, Eisbain (não sei como escreve) e Batatas com Gulash. E que tal um submarino? – Chopp com
Steinhaeger - Sempre cai bem. Quatro te derrubam. Nos corredores, muita gente nova e muita gente velha. Turmas sempre aparecem por lá. Aniversariantes, visitantes, viajantes e os andarilhos. Seu balcão sempre tem espaço pra uma conversa fiada com Thomas – o barman alemão – ou com a Claudinha – bartender filha do Alemão (o Dono).

Os garçons são uma história a parte. Tem o Vô e sua eterna gota a incomodar. O Jão e sua simpatia – o melhor brinde sempre vem dele – O Zé e sua cabeça fraca – sempre esquece ou troca alguma coisa no pedido – e o Germano com seus tradicionais óculos quadrados, sua careca lustrosa e suas sobriedade Britânica. Parece um Inglês de nome alemão. Tem ainda o André, gerente geral e figura pitoresca do bar. Sempre a andar nos corredores, ele regula o tempo dos vendedores de rua lá dentro, controla a porta, ajuda no balcão e sempre tem tempo pra bater um papo com os conhecidos. Se for sobre música clássica então... ele esquece até da vida. O André também é o responsável por dar mais qualidade à Jukebox do Jever. Ele que escolhe os discos que entram e os que saem. Até nisso o bar tem a minha cara. Uma excelente seleção de rock’s clássicos, boa MPB, Musica Clássica, Temas de Filmes e só um pouquinho de porcariada comercial.

Esse é meu cantinho especial. O Stadt Jever. Um lugar pra se namorar, pra conversar, pra encontrar ou pra beber. E muito! Porque ir no Jever e não tomar uns 12 chopes com muito colarinho e comer um delicioso salsichão defumado é como ir no Mineirão e recusar um tropeiro. Se gostou do bar, venha tomar uma comigo lá! Com certeza vou estar marcando um lugar pra gente no balcão.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Nós

Esta poesia foi escrita por mim a minha ex-namorada em 09/06/2007 para comemorar nosso primeiro dia-dos-namorados juntos. Considero-a um de meus melhores textos ... Ela descreve nossos encontros até que nos apaixonamos ...

Nos vimos

Conversamos

Você desmaiou

Eu me encantei



Nos vimos de novo

Conversamos de novo

Você foi embora

Eu me apaixonei




Eu aniversariei

Você apareceu

Nós nos beijamos

Eu tive certeza



Eu te procurei

Você viajou

Você pulou ondinhas

Eu te desejei



Você voltou

Eu te liguei

Nós saímos

Eu te conquistei


Nós viajamos

Nós nos beijamos

Nós nos tocamos

A gente começou


Nós brigamos

Eu te magoei

Você me perdoou

Eu temi te perder


Hoje nós nos amamos

Às vezes nós dois brigamos

Sempre conversamos

Eu me completei

Os outros

Este poeminha foi escrito por mim em 12/07/2006 inspirado em uma poesia de Fernando Pessoa da qual o nome não me recordo ... Olha eu tentando "chupar" influências ...

Li certa vez, em um belo poema,

do poeta escritor, Fernando Pessoa.

Que dentro dele, muitos haviam.

seu “Eu” não era apenas um.

Não só sua face, mente povoa


Concordo com Fernando e não sou só um

Minhas facetas me fazem mutar

Não que duas caras, eu lhe vá apresentar

Mas com muitas vidas eu posso viver

Pois uma só não basta, pra me explicar...


Então eu digo que em minha mente coexistem

Vários “eus” a se revezarem

Uns são felizes e da vida gozam,

Outros melancólicos, sofrer é o que fazem

Mas nunca juntos, permito que fiquem


Não entenda pois, que sou um falsário

Não espere mentiras em minhas palavras

Só digo que a vida nos molda do barro

Transforma-nos conforme suas castas

E nos cospe de volta, sem forma ou diário.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

ÓDIO

Ódio, escrito em 04/08/2006, foi meu primeiro e, ate hoje, único conto escrito. Mais um exercício, nasceu em horas de grande cólera ...

Ódio

Nasceu

Um trago. Um gole. A cabeça dói muito. Ódio, muito ódio. Vontade de sair correndo. De gritar seu nome para que todos saibam que vou te matar. Filha da puta! Ordinário! Canalha! Quero te ver morto. Quero te ver sofrer. Quero que se arrependa todos os dias pelo dia que cruzou meu caminho pela primeira vez.

Estes eram os devaneios de Carlos. Estava só em um bar. Seu olhos, vermelhos de ódio e inchados pelo choro, tremiam sobre a fraca luz do balcão. Mais uma dose ai ô cara! Me dá mais uma pinga e me acende o cigarro aqui!

Carlos nunca foi um cara muito calmo. Sempre foi de levar as coisas a extremos. O tipo de pessoa que te ama de forma muito intensa e, desta mesma forma, pode vir a te odiar. E pobre foi o Ricardo que despertou-lhe todo este ódio. Ricardo era colega de trabalho de Carlos, um cara boa pinta, conversa fácil. Moreno, solteiro, vida feita. Andava lá pelos seus 31 anos e já morava e dirigia o que era seu. Era letrado e cativante. O oposto de Carlos. Carlos era um homem rude. Veio da roça ainda menino para morar com uma avó paterna que lhe prometeu estudo e felicidade. Um engano. Em toda sua vida, Carlos só teve decepções.

Assim que chegara a cidade sua avó pôs-lhe para trabalhar como empregado da casa. Fazia de um tudo. Varria, limpava, esfregava. Só comia quando lhe era permitido. Dormia mal pois sua angustia, desde novo, já o consumia. Criou-se assim até seus dezessete anos. Letrou-se porque uma vizinha, Dona Maura, percebendo que ali criava-se um demônio, convenceu sua tutora a coloca-lo em um grupo próximo à sua casa. Lá, Carlos, entre brigas e suspensões, estudou até a oitava série. Concluiu, por assim dizer, o primeiro grau, e saiu. Voltou ao trabalho.

Um belo dia, para sua alegria, a velha morreu. Ao encontrá-la morta – enfartada, suspeitou ele – nem se deu o trabalho de chamar o rabecão. Juntou suas coisas, afanou-lhe o pouco dinheiro que achou – morta ela não ia precisar mesmo – e saiu pela porta. Deixou-a bater sem ao menos olhar para trás. Desde então foi vivendo de biscates. Virou chapa de caminhão - era um homem forte e o trabalho duro ajudava-lhe a espantar seus pensamentos. Depois foi ambulante, vendedor de sapatos e, por fim, entrou como contínuo em uma grande companhia de seguros. Era velho, é verdade, para o cargo. Mas, pelo menos uma vez em sua vida a sorte lhe sorriu e, não se sabe por que cargas d’água, a contratante foi com sua cara. Talvez tenha fitado seu olhar sério e pensado:

- Esse, ao menos não ficará a vagabundear pelo centro. Tem cara de que nada gosta. Será o perfeito burro de carga!

E Carlos então na firma entrou e começou a fazer carreira. Tinha razão a gerente. Ele não comia, não dormia, não ria. Trabalhava com afinco. Sempre de cabeça baixa. Nunca a olhar ninguém nos olhos. Era sempre prestativo. Cumpria calado as ordens que lhe eram passadas. Nunca discutia. Não tinha amigos, não saia com os colegas. Quando saia para beber, bebia só. Embebedava-se só, pagava e ia embora. Nunca dava vexame. Nunca escutavam sua voz.

Formou-se

Mas isso mudou um dia. Tinha de mudar. Carlos fora promovido a arquivista. Era bom para ele e para todos. O arquivo da firma era um quartinho abafado e escuro. Ninguém gostava de trabalhar lá. Ninguém a não ser alguém quem não reclamava. E lá foi Carlos. Pegava, catalogava, etiquetava e arquivava. Dias e dias fazendo sempre o mesmo. Às vezes tinha de atender ao telefone, gesto que lhe incomodava bastante. Tinha até de ser pró-ativo, coisa que nunca soube como fazer. Foi nessas atendidas que conheceu Ricardo, hoje seu maior desafeto.

Ricardo era do Departamento de Qualidade da empresa. Como dito, um cara bacana, conversado. Fazia amizade com todos sem nem mudar a posição de suas sobrancelhas. Pois Ricardo passou a constantemente solicitar a Carlos pastas e documentos. Uma freqüência que, no início, incomodou Carlos, mas que aos poucos foi derretendo o gelo de sua alma e estes passaram a ter animadas conversas durante horas a fio. Ricardo descia até o arquivo para buscar documentos, Carlos subia até o Dep. de Qualidade para levar relatórios e os dois passaram a trocar boas papeadas entres estes encontros. Carlos mudara. Passou a sorri, não frequentemente, mas pelo menos a quem lhe sorrisse primeiro. Começou a olhar os outros nos olhos e, por conselho de Ricardo, a vestir-se com mais elegância. Não que tivesse recursos para cobrir-se com luxo mas, ao menos combinando cores e estampas. Os dois foram tornado-se amigos. Saiam juntos para beber. Ricardo apresentou a Carlos o caminho da Zona e esquentou seu coração com as mais belas putas da cidade. Ajudou-o a se soltar. Fez-lo sair de seu casulo e embriagou-o com as luzes da noite. Carlos nunca tinha se sentido tão vivo. Sua vivacidade, ainda que tímida, estampava-se no brilho de seus olhos e nos esfolados de seu sexo. Não passava, agora, um dia sequer sem visitar as putas. Era já conhecido na zona. Chamavam-no Carladinho – clara alusão ao seu jeito ainda tímido.

Ricardo, sempre presente como seu guia, lambuzava-se em seu orgulho de ter feito de Carlos um “cara legal”. Divertia-se contando a todos como Carlos era bicho do mato e como hoje tornara-se quase uma malandro do Rio. Carlos nunca se constrangia. Pelo contrário, ficava feliz em ver que era assunto nas rodas. Achava graça de sua desgraça. Nem lembrava mais de sua avó morta ou da vizinha que lhe salvou a juventude e lhe garantira emprego agora que velho. E os dias passavam depressa. Trabalho de dia, butecos a noite e puteiros madrugada a dentro. Quase que uma via sacra. Ricardo, Carlos e uma meia dúzia de outros colegas. Carlos rendia-se cada vez mais as alegrias da vida. Já exibia um celular ao cinto, sapatos novos de couro reluzente e suas roupas agora era impecavelmente passadas, engomadas e combinadas. Passaram-se dias, semanas e meses. A alegria era quase infinita. Quase, porque alegria de mais dura pouco. A de Carlos durou até de mais e já era hora de acabar.

Se consumiu

Carlos passou a perceber que Ricardo ligava-lhe cada vez menos. Não mais o convidava a sair pela noite e raramente descia ao arquivo como em outrora. De princípio, ficou apenas curioso mas, com o passar das semanas, começou a sentir saudade do amigo e falta do mentor. Ligava a Ricardo na empresa e este sempre lhe dizia que depois conversariam. Quando o chamava ao celular, sempre caia na caixa postal. Seu desespero aumentava à medida que os dias sem notícias se sobrepunham. Parou de sorrir. Suas roupas começavam a se desganhar novamente. Às putas, que tanto amava, não as via há tempos. Parecia que tinha voltado ao ovo. Que seu casulo novamente fechara-se sobre sua cabeça. Agora apertando-lhe, causando-lhe dor. Com mais uns dias, sua preocupação e sua saudade foram emoldurando-se em ódio. Um ódio profundo. Um espeto atravessado em suas vísceras. Uma raiva incontrolável de Ricardo.

- Quem esse filha da puta pensa que é? Tira-me de meu sossego, mostra-me a vida e depois me larga? O que será que está a dizer de mim ao outros agora? “olha, lá vai Carlos, aquele capial.” Filha da puta! Filha da puta! Desgraçado aquele Ricardo. Some assim. Nem dá notícias. Não me atende, sempre se esquiva. Aposto que fez algo errado e está com vergonha de me falar. Filha da puta!

E seu ódio a Ricardo crescia dia-a-dia. Carlos não mais comia direito. Tinha voltado a ser quem era. Uma pedra animada. Um pedaço de pau com braços e pernas. Mas uma coisa estava diferente nele. Agora sua cabeça martelava-o mais que nunca. Seu ódio a Ricardo tornara-se ódio a todos. Odiava as putas por serem putas. Aos colegas por não dar-lhe a devida atenção. Ao ex-amigo que deixou-lhe solto à vida quando aprendia a nadar nela.

Passou a freqüentar o mesmo bar a que fora centenas de vezes com Ricardo para tocaiá-lo. Queria olhar o, agora rival, nos olhos e faze-lo provar de toda sua raiva. Tinha de fazer com que ele enxergasse o mal que lhe fez. Sentia sua cabeça martelar os momentos que passara em companhia do amigo. Sentia-se acuado ao perceber que foi usado como um fantoche, uma distração, e isso só fazia aumentar seu desconforto. Até tentou, por vezes, desviar seus pensamentos tentando convencer-se de que conseguiria outras amizades. Mas, sua paranóia não o deixava sossegar. Sentia-se mal, tinha vontade de vomitar as vezes. Golfava e tossia aos berros para que todos a sua volta tivessem certeza de que era um homem que sofria. Chorava de raiva e cerrava os punhos para sentir que tinha forças para acabar com Ricardo, quando o visse. Mas não tinha certeza se era isso que queria. Não queria Ricardo morto. O queria sofrendo. Vivo e sofrendo. Queria que Ricardo soubesse tudo que o fez passar e que levasse isso para sua eternidade.

Um dia, Carlos parado ao balcão, viu entrar Ricardo. Ele vinha acompanhado de uma bela garota e mais uns poucos colegas da firma. Riam-se todos como se a noite estivesse uma diversão só. Carlos fitou-o e sentiu sua cabeça esquentar. O barulho do bar não mais era ouvido por ele. Suas mãos, cerradas, avermelhavam-se tamanha era a força com que ele as espremia. Por um minuto, parou fitando o rival, lembrando de todos os momentos que tiveram juntos e recordando o plano que traçara para vingar-se. Uma vingança cruel. Que levaria Ricardo ao mesmo inferno em que este o deixou. Ricardo e sua turma passaram por ele como se este não existisse e, sem muito se fazer notar, Carlos puxou o braço do amigo. Ricardo olhou Carlos e assustou-se com o semblante daquele que, tempos atrás, fora seu grande companheiro de farras.

- Carlos, o que faz aqui? Está sumido. Como anda lá no arquivo?
- Maldito seja você Ricardo. Porque me ignora? O que fiz para tal? Era meu amigo, compartilhávamos a vida e agora me deixa só? O que fiz? Diga!

- Ora Carlos, deixe de meninices. Sabes bem que não tenho só você como amigo. Cansei. Cansei de sua companhia. Quero outras. Quero beber outras doses de vida que a sua não mais me sacia.

- É assim? A mim, você não quer mais? Minhas conversa não mais te divertem? Pois odeio-te Ricardo. Odeio-te mais que possa eu odiar a qualquer outra coisa. Odeio-te mais que o próprio ódio pode ser! Quero que morra. Que sofra como me fez sofrer.

- Ah Carlos, nem é para tanto néh? Parece que me namorava ora! Vá viver sua vida e deixe-me viver a minha.

- Vou deixá-lo sim. Vou deixá-lo viver sua vida mas assueguro-te que esta nunca mais será dourada e doce como dantes foi.

Dito isso, Carlos pega em eu bolso um canivete de fumo, hábito que carregava desde a infância na roça. Ricardo de princípio não reconhece o objeto mas, ao ver-lhe melhor, recua e pede a Carlos que se acalme.

- Acalmar-me o caralho, seu puto desgraçado. Você quer viver sua vidinha de playboy? Pois viva. Viva bem, se conseguir.

Dito isto, Carlos abre seu canivete, passa-lhe o dedão sobre a lâmina para conferir o fio e, certo que este cortará, rasga sua goela de uma orelha a outra. Um corte fundo até o meio, ponto onde a dor tira-lhe as forças e o impede de exercer a pressão ideal ao instrumento, mas suficiente para romper, cortar, arrebentar e dilacerar todos os vasos e veias de que precisava. E Ricardo, paralisado com cena, vê-se lavado em um esguicho de sangue de sai com pressão do corte do amigo. Carlos, terminada a ação, baixa a mão, olha o sangue no canivete, o limpa com a camisa e guarda no bolso. Sobe então seus olhos até fitar os de Ricardo e, por um instante, saboreia todo o terror que causara ao ex-amigo. Volta então a baixar os olhos e começa a sentir que sua camisa gruda-lhe ao corpo, empapada de sangue que está. Não sente dor, apenas uma estranha secura na garganta. Um gosto de ferro. Como se estivesse a chupar um parafuso. Esforça-se para pensar em sua família, que deixara na roça, mas dela não se lembra mais. Pensa então nas putas da Zona que mais gostava e um sorriso modesto muda-lha a face. Repentinamente, sente a cabeça pesar-lhe mais que uma tonelada. Puxa para traz, como se uma corda amarrada a seu pescoço estivesse querendo fazer-lhe deitar de costas. Ergue o queixo, tombando a cabeça para traz até que o corte em sua garganta se abre por completo. A esta altura, Ricardo já corre ao balcão pedindo que lhe acudam. Carlos não ouve mais nada. Sente somente que o peso à cabeça vai lhe puxando para traz até que para. Completamente embebido em seu sangue ele cai no chão do bar. O silêncio é total. Em sua face, somente um modesto sorriso em memória às suas doces putas.

AMANTE AMIGO

Soneto escrito em 20/07/2006 fazendo o paralelo entre o amante e o amigo da mulher amada

Amante Amigo

Das horas, te conto os casos de ontem

Do tempo, te espero o regresso saudoso

Do medo, te lembro a coragem do homem

Da alegria, recordo-te das horas de gozo.


Sempre ao lado, pra que você se escore

Sempre abaixo pra que nunca caia

Da chuva, te tiro pra que não se molhe

Do frio, te escondo antes de te perecer


Porque se triste, vou a te alegrar.

Porque se perdida, vou a te encontrar

Se escura sigo, sempre a te iluminar

Se soturna nem penso, corro a te renascer


Quero ser, se possível for,

muito mais que um amigo

sempre, a seu dispor


Nunca menos, isso não dá.

Coleguice passageira

A mim não faz ansear.




quinta-feira, 5 de julho de 2007

AMAR É:

Peminha escrito em 11/09/2006 em uma fase muitoa apaixonada de minha vida ... e com final reeditado a pedido de um amigo ... realmente ... amar é sofrer no final!

Amar é:

flatos na cama
fotos no clima
filhos no conto
feitos no canto
fugas na casa
férias no campo
fúrias no carro
infelizes no fim.

O IRMÃO BURRO DO MAFIOSO

Texto escrito em 28/03/2007 inspirado no filme "O Senhor das Armas"

Vocês já perceberam que todo mafioso, contraventor, traficante e demais bandidos digamos – mais inteligentes - do cinema tem um Irmão Burro. Um irmão que se mete em brigas, que cheira toda a mercadoria, que mata o cara errado, que vira alcoólatra. Um irmão que não consegue segurar sua onda na vida do crime e acaba ajudando os mocinhos a pegar o bandido. Seja ele um delator ou um simples manoteiro mesmo!

Pois bem. Sábado, assistindo ao belo “Senhor das Armas” estrelado pro Nicolas Cage, comecei a reparar no Irmão Burro. Neste caso, o irmão de Nicolas entra com ele no negócio do tráfico de armas mas não consegue segurar a onda. Se sente agredido pela natureza do negócio e se enterra até o pescoço na lama das drogas e do álcool. Depois, tenta voltar ao ramo mas seus princípios o impedem. Resultado? Toma tiro e morre! E ainda leva o Nick pra cadeia com ele – mesmo morto!

Acho que aí mora a grande diferença entre o Chefão e seu Irmão Burro. O chefe não tem princípios éticos ou morais que o impeçam de se desviar do caminho do crime. Pra ele, matar, roubar, traficar é parte do negócio. Como se estivesse atrás de uma mesa dando telefonemas a fornecedores ou passando e-mails de pedido. Só que os fornecedores são de cocaína e os pedidos de morte.

Mas por que então? Por que sempre esta mania de envolver o irmão no negócio? Por que não fazer solo a carreira do crime. Sem um lastro familiar a carregar. Bem, aí já não tenho uma opinião geral firmada. Cada caso é um caso.

Os Corleone “mafiavam” em família. A máfia era sua família e esta era a máfia. Assim sendo, é impossível impedir que Irmãos Burros entrem no negócio. Há outros casos, onde o irmão burro é também o irmão forte e sem noção. O guarda costas do Chefe. Aquele saco de músculos ignorante que só serve pra matar pessoas e ser morto. Em outros casos, o irmão burro está na mesma situação que o irmão Chefe – este, em geral o mais valho da família. Ambos estão querendo mudar de vida e o irmão chefe descobre no crime a solução de seus problemas. Como precisa de alguém de confiança para ajudá-lo a construir seu império, o convocado é nosso amigo burro.

Seja por confiança, por falta de cérebro e excesso de músculos ou por tradição familiar. A verdade é que todo mafioso, traficante e contraventores de melhor estirpe têm sempre em seu encalço, além do rotineiro detetive condecorado, um irmão almofada de tiros. Aquele que só serve mesmo pra atrapalhar o negócio e levar um tiro qualquer hora.

Pense sobre isso. Você é o Chefe ou o irmão burro?

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Quem somos nós?

Texto do dia 09/05/2006 relatando um filme que fui ver no Cinema com este mesmo título

Amanda encontra-se numa fantástica experiência ao estilo ”Alice no País das Maravilhas” enquanto seu monótono cotidiano começa a se desmanchar. Esta situação revela o incerto mundo escondido por trás daquilo que costumamos considerar realidade. Amanda mergulha num turbilhão de ocorrências caóticas que revelam um profundo e oculto conhecimento do real. Ela entra em crise e questiona o sentido da existência humana.
FONTE: http://cinema.uai.com.br/

Hoje farei uma crônica de cinema. Na verdade uma crônica dos 30 minutos que consegui ver do filme QUEM SOMOS NÓS? Sem sombra de dúvida a experiência mais surreal que já tive em um cinema em toda a minha vida.

Bom, mas vamos do inicio. Cheguei ao Unibanco Belas Artes às 20:37 acompanhado de minha namorada. O Filme começava as 21:10 e resolvi comer um Crepe enquanto esperava.

Acho que foi uma das melhores coisas que fiz. Porque engolir esse filme de estômago vazio ia ser difícil.

O Crepe, de frango com catupiri ao molho sugo, com pitadas e manjericão caiu muito bem acompanhado de uma Coca-Cola Light .


Aqui, quero fazer um adendo. Vocês já experimentaram a nova Coca Light? Está perfeita. Principalmente a de lata. Muito boa mesmo. Não recebo nada da gigante americana por isso, mas como dizia minha endocrinologista: “Já que não tem nada que presta no refrigerante, que pelo menos não engorde não é?”

Mas voltando ao cinema, comi o crepe, tomei a coca e lá fomos ao filme. Sentamo-nos ao centro da sala, aproximadamente na quinta fila. Bem próximo a tela. A sala se escureceu, as pessoas pararam de chegar e a grande e mágica telona se acendeu. Primeiro uma chamada solicitando que se desligassem os celulares – o meu assim estava já há algum tempo. Depois um comercial, mais outro e um terceiro. Parei de contar quando já eram uns cinco os comerciais e me distraí em pensamentos.

Mais um tempo e o primeiro trailer. Um documentário chamado Homem Urso, ou algo assim. Pareceu-me interessante, mas não faz meu tipo. Depois mais um trailer. Um filme francês, me parece. Achei este bem interessante. Seu nome é Cachê. Com certeza, quando sair, vou procurá-lo.

Acabam-se os trailers, vem o filme. Começo confuso. Locução em OFF e imagens do cosmos mescladas a bolhas com faces fazendo discursos sobre Física Quântica. Contextualizando, eu pensei. De repente uma explosão tipo Big Bang e lá vamos nós!

Contextualizando? Se é que havia algum contexto neste filme, era sobre Física Quântica mesmo. Na verdade, de filme, os meus 30 minutos na sala não identificaram nada. Nem como documentário eu poderia classificar. Mais me parecia mais um daqueles programas antigos sobre ciência que às vezes passam no Discovery Channel.

Uma mistura de cenas desconexas de uma mulher tendo uma viagem sobre sua existência, mescladas a entrevistas com cientistas com cara de “ciência alternativa”. Sabe, aqueles cientistas que falam coisas malucas e que sempre vão contra as convenções da massa.

Pois bem. Não sei ao certo se os caras são ou não contestáveis. Sei que, se isto era um filme, esqueceram de avisar pro diretor. Se era um documentário, acho que ele deveria ter a seguinte citação em sua sinopse: “RECOMENDADO PARA ESTUDANTES DE FÍSICA E FILOSOFIA”. Por que é isso que parece, um filme didático. Uma explicação com exemplos.

Vou explicar melhor. Em uma dada cena lá o cara fala que tudo que vemos é um conexão entre nossa visão e as impressões gravadas em nosso cérebro. Se não vermos a imagem, estas conexões podem distorcê-la ao infinito, fazendo com que as cenas se modifiquem. Entendeu? Nem eu. Mas ai ele mostra um moleque jogando basquete, picando a bola contra o chão, e a personagem principal – se é que isso é uma personagem – olhando pra ele. Quando ela desvia o olhar, surgem infinitas bolas se chocando contra o chão, quando ela volta a olhá-lo as bolas somem. Hudinni? Não meus queridos, Física Quântica!

Por falar na personagem, como a própria sinopse apresenta. Ela está em uma constante viagem. E isso só ficou claro pra mim quando li a sinopse porque, ate então, ela não era uma personagem e isso não era um filme. Era sim uma aula filmada. Um Tele curso Segundo Grau no cinema. E ela uma cobaia. Assim me pareceu.

Bom. E o filme andava e eu me irritava e o filme não mudava e minha frustração me dominava. Olhava pro lado, pra minha companhia, e ela fazia cara de interesse. Olhava pros outros espectadores e todos olhavam a tela com atenção. Um casal do meu lado até dava algumas risadas. De que, realmente eu não sei. Sei que me enchi. Perguntei a minha namorada se era isso mesmo que viemos ver e a avisei que ali não ficava mais. Saí. Pela primeira vez na minha vida, deixei o cinema no meio (sei lá se era o meio mesmo) do filme.

Foi a melhor coisa que fiz. Desci ao café do cinema, olhei a livraria e pra lá fui passar o tempo. Escolhi um livro – Ensaios Sobre a Cegueira, do Saramago – muito bem recomendado por diversos amigos.

Quando pagava, vi minha namorada chegar ao meu lado. Acho que la também não aguentou.

Melhor assim. Cheguei em casa mais cedo, escrevi este texto e ainda vai sobrar tempo pra começar a ler meu novo livro antes de apagar na cama.

P.s.: Não quero que meu leitor deixe de ver este filme só por minhas palavras. Quero que ele mande matar o filadaputa que fez essa bosta e peça a cabeça do viado que escreveu a sinopse.

P.s.2: Se mesmo assim, queser ver. Lembre-se de tomar um ácido. Não um "doce" como os de hoje. Um bom e velho LSD mesmo. Porque só muito licérgico pra aguentar aquilo.

P.s.3: Eu recomendo Missão Impossível III sem nem ter visto. Ainda.

(eu)

UMA AVENTURA EM SALVADOR. Relatos do fim-de-semana certo, com as pessoas certas na cidade certa.

Texto escrito em 09/05/2006 relatando uma excelente viagem que fiz a Salvador com um casal de amigos e minha ex ...

Sexta:

19:40 - pego Turtle, 20:00 pegamos Cláudia, 20:15 pegamos Kênia e rumamos para Confins.
Em Confins, 2 Bohemias Wice pra relaxar e um chope de 500 pra completar. Vôo pra Salvador e chegada a terra do axé as 11:50. Kênia com dor de ouvido e Davos com Sinusite. Cláudia e Turtle estão bem.

Pegamos o carro. - ahhh carro. Upgrade . Celtinha 4 portas total flex com ar - Turtle dirige. Vamos pra casa de Gab, prima de Cláudia em StellaMaris (sei lah se escreve assim).
Depois de 4 voltas no aeroporto, achamos uma blitz que nos indica o caminho passando pelo COT (Não é Comando de Operações Especiais, é Clínica de Ortopedia e Traumatologia). Chegamos a StellaMaris e, depois de 4 voltas na rua, achamos a casa de Gab. Turtle e Kênia se vão pro hotel e Davos fica na casa com Cláudia, Gab e Mario, namorado da Gab.

Depois de bate papo, lanchinho pra forrar e vamos pra cama. Sem sono fico viajando em Salvador, esperando o dia chegar logo.

Sábado:

Acordar, café, ligar Turtle e rumboraaaa!

Turtle nos pega e rumamos pro farol, nossa primeira visita. Rolé no farol, onde uma entrada é R$5,00 e meia é R$3,00 (acho que não sabem fazer conta).

Findando o passeio no farol, pernas ou rodas pro Pelourinho. Cerveginha aqui, cerveginha ali, erramos uma vez, mas acertamos na segunda.

Ahhhhh pelourinho. Parece com Ouro Preto mas tem maresia. Sobe ladeira, fotos, desce ladeira, cerveginha e, alá, o Max Fivelinha – UAHiAUHiaHA, o cara é muito feio!

Ah, Pelourinho. Cláudia e Kenia se dão muito bem, gostam das mesmas coisas e deixam eu e Turtle livres pra bebermos a vontade. Ah mais cerveginha e fim de Pelourinho

Vamos agora rumo ao Elevador Lacerda. Vendedores, vendedores e mais vendedores. Elevador, entradinha legal, fotos e – DESCE!

Viagem rápida e chegamos em baixo. Mercado Modelo, compras e mais compras. Eu compro presentinhos pro pai, pra mãe e pra xuxa. Quase levo Salvador na sacola.

Saímos do mercado e - SOBE! - voltamos pro pelô. Vamos pro carro, hora de comer.

Combinamos com Paty e João no Caranguejo de Serjipe e ai vamos nós. Ahhh fome - Chegamos no caranguejo e vamos beber. Cervexinha, tira gosto (pexinho / carangueijo e queijinho com melado). As meninas vão pra casa de Paty enquanto eu e Turtle vamos a casa de Gab tomar banho e arrumar pra noite.

Tomo banho, pego coisas de Claudia, e vamos pra rua. Fumacinha no caminho e chegamos em Paty. Turtle pega Kenia e vai pro hotel, Me deito um kadim pra descompressão.

Hora de acordar. Corre menino, vai lanchar! - Vamos encontrar Turtle no hotel e de lá seguir para a cidade Baixa, Afoxé meu rei!

Noite de 2 restaurantes. Primeiro wiskim e conversa fiada, depois Japa gostoso e mais papo furado. - Os caras do Barão vermelho estavam jantando quase do nosso lado - Volta pra casa, essa noite vai ser na casa de Paty, mais perto. Soninho!

Domingo:

Acordar, ultra café da manha bom de mais da conta sô na casa de Paty (com direito a leite Itambé e Queijo Minas - Turtle nos pega e vamos pra casa de Gab nos arrumar pra butecar na praia. O tempo ameaça abrir mas chove de novo. Mesmo assim vamos pra praia e ficamos na barraquinha comendo peixinho e tomando gollll.

Hora de comer. Almoço no Beach Stop. Mukeka ruim (eu nao gostei) e filé. Vamos pra casa, soninho, banho e saída rumo ao Aeroclube pra mais cerveginha e compras finais.

Cerveginha com a turma de Salvador, rango no Subway e casinha pra descançar. Soninho pra despertar as 5 da matina...

Segunda:

Turtle nos pega as 6, café no BOB's as 6:40, embarcamos as 7:15, chegamos a BH as 9:00 e estamos todos ralando as 10:30

Comentários:

Foi uma viajem excepcional. Pessoas legais, clima legal, astral em alta. Diverti-me bastante e voltei ainda mais apaixonado. Pelo meu país, pelos meus amigos e por LINDOSA, é claro!

Até a próxima!

Angustiado ...

Este texto foi escrito neste mesmo dia 03/05/2006 quando, em crise, passei o dia a me expremer em textos

Hoje acordei assim. Peito apertado, vontade de chorar. Parece que todo mundo ri de mim. Mania de perseguição? Não sei. Sei que acordei assim.

Dias assim não são muito comuns em minha vida mas, quando vem, são destruidores. Tenho vontade de ligar pra namorada e reclamar que ela não me dá atenção, vontade de sair do trabalho e enfiar a cabeça no travesseiro. Vontade de quebrar alguma coisa ou socar até que minhas mãos doam e minha angustia passe.

Não sei se isso é uma coisa normal. Se sou só eu, ou se o mundo todo tem direito às suas 24 horas de angustia. Mas sei que HOJE TÁ FODA!

Mas esta angustia até que ta me rendendo uma coisa boa. Este texto!

Pois é! Há dias penso em começar a escrever textos mas nunca sei sobre o que falar. Hoje, agora, mais precisamente as 14:35 do dia 3 de maio - como sempre, contei os meses nos dedos – resolvei: “Vou escrever sobre minhas angustia”.

E não é que ta dando certo. Acho que isso acaba sendo uma forma de desabafo né? Como não faço terapia – sempre me achei bem resolvido de mais pra fazer – e não estou nem um pouco a fim de conversar com outros sobre minha angustia, este texto, mais precisamente esta folha de WORD, é minha confidente.

Mas voltemos pois a minha angustia. Sempre que fico assim penso porque estou assim. É estranho quando penso na frase , ”EU PENSO DE MAIS”, mas é exatamente assim que me sinto. Penso de mais no que os outros pensam, penso de mais em não fazer papel de bobo – mesmo que sempre me esforce com afinco em ser o palhaço da turma – penso de mais em tudo.

Parece castigo eu pensar de mais. Um castigo bem sacaninha, se posso dizer. Acontece que, pouco antes de começar a namorar minha atual namorada, tive um casinho com uma menina que pensava de mais. Mas como meu interesse nela era praticamente nulo, com ela eu não pensava, eu fazia. Como estava pouco me fodendo de agradar ou não, não tava nem ai se ela ia achar ruim ou bom algo que eu fazia. E isso era bom. Por outro lado, ela sim, se preocupava o tempo todo em me conquistar e me fazer entrar na dela. E isso não é bom. Pelo menos hoje eu vejo o quanto isso é ruim.

Mas vou voltar a falar de mim. Por pensar de mais acabo pensando num tanto de bosta que vai se acumulando e acumulando e virando uma grande, enorme avalanche de merda! Como já disse, acabo achando-me um panaca e quanto mais o acho mais me sinto assim.

Vou dar outro exemplo de como “pensar de mais” é uma bosta. Hoje tem Atlético e Flamengo no Mineirão. A minha namorada tava querendo ir a este jogo e me conformei a acompanha-la (sim, porque com a situação do Galo pra este jogo, so no conformismo mesmo) desde que fossemos de cadeiras especiais – mais tranqüilo. Um dado importante a se salientar aqui é que eu sou Atleticano e ela Flamenguista. Pois bem. Os ingressos pra cadeira acabaram e ela agora quer ir na arquibancada. O jogo vai estar lotado pois os ingressos foram vendidos muito baratos. Conclusão: vai estar foda lá! Ai entra meu inferno cerebral ativando o mecanismo de tortura, mais conhecido como ANSIDADE.

Começo a pensar no tanto de merda que pode dar. Brigas, arrombarem meu carro, mexerem com ela e ... pronto, forma-se agora em cadeia nacional de rádio e televisão um turbilhão de pensamentos angustiantes que só fazem me deixar maluco.

Ai, fico tentando me dizer: “Calma, vai dar tudo certo. Você está indo pra se divertir e tal e coisa.” Mas entre pensar nisso e acreditar nisso existe um longo e profundo abismo chamado ANGUSTIA.

Não sei bem se isso passa fácil ou se eu esqueço. Sei que ela passa. Me tortura, visita meus sonhos, coroe a minha alma e se vai. E fico feliz de novo. Volto a achar graça dos outros achando graça. Volto a fazer cara boa e a dar bom dia esperando que ele seja realmente bom. Mas isso vai durar quanto tempo. Quando será a próxima explosão angustiante. Bem, não sei ao certo. Preferia pensar que nunca mais. Mas eis que ela volta. Ela sempre volta.

Outro dado interessante que me ocorreu hoje foram os Anti-depressivos. Estava almoçando com um amigo e ouvia ele falar sem prestar a mínima atenção. Meu olhar, fixo em um pedaço de Cupim no meu prato, estava completamente longe da carne e fixo em Anti-depressivos. Pensei se não seria uma boa um comprimidinho pra me deixar mais feliz e sorridente. Ora, será que isso é a solução? Será que estou realmente me tornando uma pessoa deprimida?

Como já mencionei, nunca fui de pensar de mais em nada. Mas acho que com os anos estou me tornando uma pessoa muito metódica. Chata para bem falar. Um cara que gosta de ter o controle, de saber como as coisas serão. Então cheguei a seguinte conclusão: NÃO GOSTO DE SUPRESAS. Prefiro saber de tudo.

Então o almoço passou e me esqueci dos Anti-depressivos. Mas me lembrei que, se eu estiver realmente me tornando uma pessoas amarga e deprimida, terei logo-logo de procurar uma ajuda profissional. Coisa que, creio, você querida folha de WORD não pode me proporcionar.

Não sei se é este ainda o caso. Não sei o quanto estou mal e nem se estou mal de verdade ou se só quero atenção. A única coisa que sei com certeza é que HOJE TÁ FODA!

Bom. Acho que é só por enquanto. Vou ler o que escrevi até agora, passar o corretor ortográfico e salvar na minha pasta de textos – em fim um texto para minha pasta de textos.

Nos falamos, digo, eu falo mais depois.

P.s. A alegria dos outros me irrita profundamente quando fico angustiado. Tenho vontade de promover um extermino coletivo.

P.s.2 Já acrescentei mais 3 parágrafos desde a hora que salvei o texto pela primeira vez. Se continuar assim vou acabar escrevendo um livro sobre minha angustia. Será que vende?

P.s.3 Espero que o texto de amanhã seja sobre felicidade ou sobre a triunfal vitória do GALO!

P.s.4 _ (juro que é o último) Acho que o Nando Reis também tem problemas como o meu. Em uma de suas músicas ele diz: “...por pensar de mais, resolvi na pensar de mais”. Pensei nela e falei: PUTZ ... sou eu? Coloquei até no MSN

EU

Poema auto-descritivo de 03/05/2006

Gente efervescentemente latente.
Embriagando a todos em minha insanidade adolescente.
Cara carente, embrulhado pra presente
em momentos de sobriedade, um pouco absorvente.

Rotulado, embaralhado, atrapalhado e,
de caso pensado, sou pé descalço no chão molhado.
Presa fácil, desprezo o táctil
envergando o uso do laço pra depois desfazer o que foi fácil.

Parecido mas não igual.
Iludido pelo todo, mas nunca pelo total.
Lascivo, mas pouco intuitivo.
Ardente, que chega a ser doente esse desejo latente de consumir tudo de forma veemente!

Voz rouca, beiço e boca.
Olho roxo, cabelo tronxo e cabeça louca.
Casa de roça, pequena palhoça,
no alto, uma fossa, ao canto a carroça.

Mineiro, brasileiro, metaleiro, petequeiro,
macumbeiro de terreiro alvinegreiro!
Reduzido pela luz e alargado pelo lado,
Não sou de todo redondo, mas nunca todo quadrado.

O meu jeito de te amar e seu jeito e ser amada

Este poema foi escrito para minha ex-namorada em 03/05/2006

O meu jeito de te amar é um jeito nada mineiro

Nem um pouco sorrateiro, sou largo, raso e profundo

Exagerado em atitude, incontestável em sentimento

O meu jeito de te amar, acho, combina pouco com seu mundo

O seu jeito de ser amada é moderno e independente

Sem muito grude ou beijo, com muito papo inteligente

Bem diferente do meu jeito quente e as vezes até doente

Bem moderado, as vezes raleado e, arrisco, um pouco ausente.

O meu jeito de te amar é um sem-jeito imaturo

Carente e ciumento, possessivo e dengoso

Me sobram momentos de cólera juvenil

Mas me faltam as palavras certas nas horas de gozo!

O seu jeito de ser amada precisa de mais espaço

Quer dias de folga e horário programado

Quer tempo pra, das amigas, não perder o contato

O seu jeito de ser amada é um trejeito bem pensado

Mas te amo mesmo assim e te amo assim mesmo

Porque ser sempre do meu jeito se jeitos, aprendemos a esmo?

É verdade, mais tempo com você eu sempre quero passar.

Mas não reclamo do tempo, pois é de tempo que preciso pra te conquistar