quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Jarros de lembranças

Capturei pensamentos espessos no ar
Guardei-os em jarros repletos de vida
Os esqueci. Por anos, não os quiz tocar
Enterrados na mente remota e falida

Um dia, um jarro, quiz desenterrar
Com calma, na terra, passei a buscar
Num deles toquei, com minha pá de memórias
E me concetrei para, a vida tornar

Pra minha supresa, ao Jarro abrir
Os meus pensamentos, lá já não pousavam
Haviam sumido, escorridos no tempo
Apenas as sombras, no jarro moravam.

Busquei outros jarros, ancioso a encontrar
Algum que estivesse, com lembranças a guardar
Mas em todos, após as tampas eu retirar
Apenas vazios, os pude encontrar.

Hoje não guardo lembranças em jarros
Pois aprendi que as lembranças so vivem em nós
Quando morremos, elas são esquecidas
Quando esquecemos, elas somem no ar.

Nenhum comentário: